terça-feira, 14 de outubro de 2008

CERVEJA UM BEM ETERNO…

Os sumérios foram os primeiros a descobrir o prazer e os benefícios da cerveja. Em 6.000 a.c uma bebida fermentada elaborada à base de cereais começou a ser produzida na Suméria.
Em 3.000 a.c. na Babilônia, um dos textos mais antigos da humanidade, o Código de Hammurabi, legisla o fabrico da cerveja, e condena os fabricantes incompetentes e regula uma ração diária de cerveja para as famílias.
Em 1.000 d.c. os Celtas, Germanos e Escandinavos começaram a apreciar a bebida.
O século VII é originalmente a época de produção doméstica, a cerveja passa a ser produzida por artesãos especializados.
No século XII na Europa, inicia-se a produção da cerveja em pequenas fábricas, mosteiros e abadias. Surgem também as primeiras Confrarias da Cerveja.
No século XVI, Guilherme IV da Baviera promulga a Lei da Pureza que estipula que a cevada, o lúpulo e a água pura sejam os únicos ingredientes desta bebida.
No século XVIII, com a Revolução Industrial, a produção passa a fazer-se em grande escala e o consumo expande-se.
No século XIX, a descoberta da pasteurização dá mais durabilidade à cerveja, permitindo o seu transporte a grandes distâncias.

O que os nutrientes da cerveja podem fazer por si:

Acido fólico em conjunto com outras vitaminas do complexo B, também elas presentes na cerveja, ajuda a equilibrar a saúde do sistema nervoso, actua na prevenção de acidentes cardiovasculares dos glúcidos, previne a anemia, reforça o sistema imunológico e facilita a digestão.

Água constitui 93% da cerveja e é uma substancia essencial à vida, logo a cerveja sacia a sede e é uma forma de ingerir água.

O álcool como reduz a insulina, pode ajudar a prevenir a diabetes tipo II e protege o organismo das doenças coronárias desde que ingerido com moderação.

A fibra solúvel regula os níveis de colesterol e de glicose no sangue, desenvolve a flora intestinal e diminui a incidência do cancro do cólon.

O Magnésio é fundamental para o metabolismo dos músculos.

A piridoxina e folatos contribuem para a diminuição da incidência das doenças cardiovasculares.

O Polifenóis têm propriedades antioxidantes, importantes na prevenção de doenças cardiovasculares.

O Potássio e Sódio regulam a tensão arterial.

O Silício contribuí para uma maior densidade óssea e para prevenir a osteoporose.

Existem 20 mil cervejas diferentes que se distinguem pela cor, sabor e aroma e são o resultado de diferentes combinações de uma das mais antigas invenções do homem.

Os diferentes tipos de cerveja, que se dividem em dois grandes grupos – Lager e Ale –são o resultado de variações no processo de produção, nomeadamente no tipo de levedura e maltes utilizados. A principal diferença entre ambos consiste no tipo de levedura usado. As Lagers são fermentadas com leveduras de fermentação baixa, que se depositam no fim da fermentação e são armazenadas a baixa temperatura para terem um sabor mais limpo e refrescante.as Ales são fermentadas com leveduras de fermentação alta, que flutuam no fim da fermentação a temperaturas mais altas, tendo um sabor mais completo e frutado.

Cervejas de fermentação baixa

A fermentação decorre a temperaturas entre os 7ºC e os 18ºC, no final do qual a levedura deposita-se no fundo do tanque. Neste processo, são geralmente produzidas cervejas de caráter pouco acentuado, leves e de características uniformes, o lúpulo e o malte sobressaem com facilidade.

A Lager Pilsen surgiu em 1842 na Republica Checa, mais propriamente na cidade de Pilsen e, hoje, é a cerveja mais popular no mundo e Portugal não foge á regra. É amarga, tem um sabor seco suave e um tom pálido-dourado. A diferença do seu sabor está no uso do puro malte sem adjuntos. A temperatura ideal para a saborear é entre os 4ºC e os 6ºC.

A Lager é um cerveja de coloração que pode ir do amarelo palha ao dourado.
O Lúpulo confere-lhe um sabor amargo médio e aroma pouco acentuado. A doçura do malte é muito ligeira.

A Vienna Type tem um tom acastanhado/avermelhado ou cor de cobre e caracteriza-se por um aroma a malte tostado, uma ligeira doçura, enquanto que a nota amarga é limpa e expressiva. O aroma a lúpulos npbres é leve.

A Munich Pale é uma cerveja de corpo médio com um baixo teor de amargo muito característico. Tem um cunho a malte pronunciado e balanceado com níveis baixos de compostos sulfurados produzidos pela levedura. Não deverá sobressair o carácter a caramelo. A sua coloração poderá ser amarelo/palha ou cor de cobre.

Na cerveja de fermentação alta, a fermentação decorre a temperaturas entre os 15ºC e os 23ºC e, no final, é comum que a levedura se acumule no topo do tanque. Nestas fermentações são produzidas quantidades significativas de ésteres e outros aromas complexos. Normalmente, estas cervejas possuem uma maior doçura e corpo que as cervejas de fermentação baixa.

A Stout de origem irlandesa, é uma cerveja preta, pesada, bastante encorpada, de sabor amargo e com uma espuma muito cremosa. A sua cor resulta da substituição de parte do malte por cevada não maltada e torrada, daí o sabor a café queimado. Para ser devidamente apreciada, deve ser bebida à temperatura ambiente ou ligeiramente fresca.

A Wheat beers é produzida a partir de maltes de cevada e de trigo e possui um aroma marcado a frutas e especiarias. É pouco amarga e os aromas a lúpulo são pouco evidentes. É uma cerveja de corpo médio e bem definido. A sua cor pode ir de um amarelo pálido até a um dourado intenso.

A Sweet Stout é uma cerveja preta de corpo pronunciado que tem como características dominantes, o aroma e gosto a malte (doce), a chocolate e com algumas notas de caramelo. O seu toque amargo é moderado, fazendo sobressair o doce.

A Porter de coloração escura e carácter forte, nesta cerveja o aroma e gosto a malte torrado não deve ser muito notório. O seu corpo é ligeiro e médio, tal como a sua doçura a malte e amargor.

A Ale Beers caracteriza-se por aromas acentuados a ésteres de fruta e doces. O amargo deverá fazer-se notar, mas sempre balanceado com uma doçura a malte/caramelo. É aceitável alguma turvação e diacetilo, se presente em níveis baixos.

Os códigos:

Ao colocar uma cerveja no congelador está a prejudicar o seu sabor devido ao choque térmico, o ideal é refrescá-la no frigorífico mais lentamente.

A quantidade de espuma com que se serve a cerveja é uma questão de gosto pessoal. No entanto, o colarinho – ou a gravata, como também é conhecida – tem uma função importante já eu retém o aroma e doseia a libertação do gás carbônico.

Ao contrario dos vinhos, a cerveja não precisa de envelhecer. Guardá-la por muito tempo em nada melhora o seu sabor. Na verdade, não se estraga mas torna-se mais opaca.

As regras para beber bem um cerveja:

- Não a agite.

- Refresque a cerveja no frigorífico. A temperatura ideal para a beber situa-se entre os quatro e os seis graus.

- Evite pôr e tirar a mesma cerveja do frigorífico várias vezes. Uma vez fora do frigorífico deve ser imediatamente consumida.

- Guardar as garrafas de pé num lugar fresco e sem sol, para evitar a oxidação prematura.

- As tulipas e as canecas pequenas de cristal são os copos perfeitos para saborear uma cerveja, pois mantém a espuma e a temperatura. As canecas de alumínio ou copos de parafina não são aconselháveis.

- O copo onde a cerveja é servida deve estar previamente frio, mas antes de servir, passe-o por água corrente. Assim elimina os cristais de gelo que se formam no copo, deixando as paredes lisas para que a cerveja desça macia.

- Os resíduos de gordura nos copos são fatais para a bebida, porque eliminam a espuma.

- O segredo de uma boa imperial está na forma como ela sai do barril. O ideal é servir uma dose e, de seguida, inclinar o copo a 45º, despejando o liquido devagar enquanto o colarinho sobe.

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