segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Adega de vinho portuguesa investe no mercado brasileiro

Viana do Castelo, 28 dez (Lusa) - A Adega Cooperativa Regional de Monção prevê atingir um volume de vendas de 11 milhões de euros (R$ 27,7 milhões, ao câmbio atual) em 2010, quando vai reforçar a aposta no mercado externo, especialmente no Brasil, em Angola, nos Estados Unidos e na França.
O vice-presidente da direção da adega, Armando Fontainhas, disse nesta segunda-feira à Agência Lusa que o mercado externo representa, neste momento, "apenas entre 18% a 20%" das vendas da cooperativa.
Por isso, disse, em 2010 vai apostar nas exportações, especificamente através do estabelecimento de parcerias com marcas de referência mundial de distribuição moderna e da presença em várias feiras internacionais.

Uma dessas feiras será a ProWein, em Düsseldorf, na Alemanha, "considerada a maior iniciativa do gênero em escala mundial".
Em 2009, a Adega de Monção teve "seu melhor ano" da história, produzindo 3,2 milhões de litros de vinho branco e 1,3 milhão de tinto.
Dessa produção, entre 400 a 500 mil garrafas são de Alvarinho Deu-la-Deu, enquanto foram feitos três milhões de "Muralhas", vinho feito com 85% de uvas Alvarinho.
Vendas

Fontainhas explicou que o volume de vendas totalizou 13 milhões de euros.

"Somos sempre prudentes nas estimativas de vendas e, por isso, avançamos com a previsão de 11 milhões de euros para 2010", explicou Fontainhas.

A adega garante ainda que, no próximo ano, manterá a tendência, iniciada há dois anos, de captar novos segmentos de mercado com maior valor agregado, através do aumento da produção do Muralhas Rosé e de espumantes, em volumes e a custos de produção competitivos.
O plano de investimentos da adega para o próximo ano inclui uma verba de quase 1,7 milhão de euros (R$ 4,29 milhões), e parte deste dinheiro será aplicada especificamente na construção de um armazém de produto acabado, com adega para espumantes.
Outro investimento será a aquisição de uma linha completa de engarrafamento de espumante.
A melhoria da recepção do pólo de Melgaço e a aquisição de equipamentos para melhorar a qualidade do produto são outros dos investimentos previstos para 2010.