quinta-feira, 29 de abril de 2010

Em Tavira, Festival de Gastronomia do Mar, até 9 de Maio

Aponte as agulhas para o Sotavento, inspire a brisa e deixe-se tentar pelos sabores marinhos. Tavira sugere Gatronomia do Mar.
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Muito já se disse e escreveu sobre Tavira, mas nunca será demais lembrar a importância desta cidade plena de charme e de história. Que o digam os visitantes, não os de hoje mas os de outrora – os romanos, os fenícios e até os gregos – que dadas as excepcionais condições geográficas e económicas, aliadas à exploração entre outros dos recursos marinhos, optaram por ‘largar âncora’ naquela que é hoje a cidade de Tavira ou Talabriga, para os mais antigos.

E é precisamente ao mar que regressamos e ao apetite que cimentou a fixação dos povos ao longo dos tempos, cujas marcas são hoje ainda visiveis, quer nas igrejas quer em outros edifícios de igual importância.

Um ‘prato cheio’ história, mas como de história, só, ninguém se alimenta a sugestão desta semana é que preste bem atenção ao cardápio do VII Festival de Gastronomia do Mar de Tavira 2010, que decorre entre os dias 22 de Abril e 9 de Maio, apadrinhado pelo Chef Leonel Pereira.

Como se não bastassem as ementas apetitosas, os clientes que participem no evento têm a possibilidade de ganhar um fim-de-semana “Perto do Mar”, numa das seguintes unidades hoteleiras: Casa de Hóspedes Casa Viana (Cabanas), Residencial Marés (Tavira), Hotel Eurotel (Tavira), Pensão Almargem, Monte da Eira (Tavira), Grupo do Vila Galé e Pedras d’ El Rei.

O Festival conta com a presença de 15 restaurantes: Alfarroba (Tavira), A Ver Tavira (Tavira), Brisa do Rio (Tavira), Cabanas Brasserie (Cabanas), Casa do Abade (Santa Luzia), Ki-Sabor (Santa Luzia), Mouraria (Pousada Convento da Graça – Tavira), Quatro Águas (Tavira), Páteo da Ria (Aparthotel Cabanas Park - Cabanas), Pedras d’ El Rei – Val d’ El Rei (Aldeamento Pedras d’ El Rei – Santa Luzia), Pedro (Cabanas), Portas do Mar (Tavira), Rive Gauche (Tavira), Salinas (Hotel Vila Galé Albacora – Tavira) e Vincent (Santa Luzia).

O festival, diz a Câmara Municipal de Tavira, entidade promotora, é mais um slow step, um passo lento num caminho a trilhar na filosofia das “Slow Cities”, à qual Tavira aderiu em Dezembro de 2008. Intimamente ligado a este conceito surge o de “Slow Food”. Este permite que as pessoas redescubram o prazer da alimentação e compreendam a importância da origem da sua comida, quem a confecciona e de que modo.

Bom apetite e desta vez não se apresse!

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Conforto no chocolate

Agência FAPESP – Uma pesquisa feita na Universidade da Califórnia em San Diego, nos Estados Unidos, verificou que mulheres e homens com depressão comem mais chocolate à medida que os sintomas do problema aumentam.
Segundo eles, os resultados sugerem uma associação entre humor e o alimento à base de cacau. O estudo foi publicado na edição do periódico Archives of Internal Medicine.
“O estudo confirma uma suspeita antiga de que comer chocolate é algo que as pessoas fazem quando estão se sentindo por baixo”, disse Beatrice Golomb, professora associada de medicina da universidade norte-americana e um dos autores da pesquisa.
A pesquisadora ressalta que o objetivo do trabalho era analisar apenas uma possível associação entre o problema psíquico e o alimento e que, por conta disso, não procuraram observar se o consumo diminui ou intensifica o estado.
Os pesquisadores examinaram eventuais relações entre o consumo de chocolate e o humor em 1 mil adultos que não tomavam medicamentos antidepressivos e que tinham problemas cardiovasculares ou diabetes.
Os participantes foram submetidos a testes e avaliados de acordo com a escala de depressão (CES-D) do Centro de Estudos Epidemiológicos, dos Estados Unidos.
Os autores do estudo observaram que homens e mulheres que apresentaram níveis mais elevados na escala consumiram em média 12 porções de chocolate por mês, enquanto que aqueles sem depressão ingeriram menos de cinco porções no mesmo período.
Não houve diferenciação entre chocolate com leite ou com mais cacau. A porção considerada foi de cerca de 30 gramas. Não houve diferença, no período, no consumo de outros alimentos ricos em antioxidantes, como peixes, café, frutas e vegetais, entre os participantes.
“Os resultados não aparentam ter como explicação um aumento geral no consumo de cafeína, gordura ou carboidrato, indicando que foram específicos ao chocolate”, disse Beatrice.
Segundo os pesquisadores, novos estudos serão necessários para tentar determinar a base da associação, bem como o papel do chocolate na depressão, seja ele positivo ou negativo.
O artigo Chocolate and Depressive Symptoms in a Cross-sectional Analysis, de Beatrice Golomb e outros, pode ser lido na Archives of Internal Medicine (Arch Intern Med. 2010;170(8):699-703) em http://archinte.ama-assn.org/cgi/content/short/170/8/699.