quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Restaurante Mussiene

Desta vez, a citação não exagera. Viver como um paxá, usufruindo de bons sabores, melhores vinhos e deambular por entre o tom moreno do grés. A boa vida no Algarve. Uma oferta única. 
Junte-se um chef que o Guia Michelin premiou em 2008, com o prémio “Bib Gourmand” , mais um vinho vencedor da medalha de ouro na 11.ª edição do concurso mundial “Wine Masters Challenge”, que decorreu no Estoril de 26 a 29 de Março,onde estiveram disponíveis 72 marcas em 2007, e temos uma dupla de crescer água na boca.
O restaurante Mussiene, nos arredores de São Bartolomeu de Messines (Silves, Algarve), dirigido pelo chefe David Coelho, vai iniciar um ciclo de jantares vínicos para exaltar a imprescindível harmonia entre os mundo s gastronómico e vínico,e criar uma sinfonia que combina percepções de natureza sensorial distinta.
O primeiro repasto é já a 29 de Outubro, sexta-feira, pelas 20h00m. A ementa?
À chegada, há Surpresas do Chefe, que se adianta em confidência ser Bruscheta de presunto e tomate, acompanhadas pelo Paxá rosé 2009.
Perna de frango assada com risotto de grelos, com um tinto da Quinta do Outeiro, surge como primeiro prato.
Após o tira gosto, um sorbet de lima, há bochechas de porco com esmagada de batatas, bacon crocante e rúcula selvagem, que o tinto Paxá 2008 acompanha.
Para sobremesa, mousse de chocolate branco com molho de frutas silvestres e massa folha, ‘aspergida’ pelo vinho Quinta do Alqueva, colheita tardia de 2005.
São aceites reservas (Tel 282339357 ou TM 918831456) e o preço do jantar é de 25 euros. O Mussiene fica no Monte de São José, em São Bartolomeu de Messines.
O jantar vínico conta com a presença de Ricardo Borges, engenheiro agrónomo da Quinta do Outeiro (Silves), que apresentará os vinhos Paxá e Hermínio Sanona da Decante Vinhos, que em parceria com o Mussiene organiza estes repastos.
Noutros dias, com exceção da segunda feira, dia de descanso, a oferta passa , por exemplo, pelos Miminhos de coelho com cogumelos do bosque e rúcula, Vieiras salteadas com brunesa de legumes e Raio de polvo com salada algarvia, nas entradas.
Nos peixes, há que provar Asa de raia com molho de alho e coentros com pão frito e na carne o Ossobuco estufado com gnocchis. Gelados caseiros e crème brûlée, são tentações de sobre mesa.
Uma cozinha de autor de inspiração mediterrânica, cuja prova pode ser antecipada por um passeio descontraído em Messines, cujo nome original era precisamente... Mussiene.
Localizada na encosta do chamado Penedo Grande, rodeada de hortas, pomares e cursos de água, esta é a terra do poeta João de Deus, cuja casa museu merece visita, passando pela pitoresca Rua do Remexido (o Zé do Telhado das bandas do Sul).
É digna de referência a Igreja Matriz (século XVI), com um amplo adro, que se destaca dos outros edifícios pelo contraste entre as paredes brancas e a cantaria em grés vermelho escuro, uma pedra que marca o tom moreno de toda a vila. No interior, observe-se o retábulo em talha dourada, o púlpito com escadaria em mármore da região e imagens religiosas dos séculos XVI a XVIII.
Para um passeio um pouco mais prolongado, a bela Xilb do Palácio das Varandas, citada nos poemas de Al mutamid do livro “Mil e uma noites” fica a cerca de uma dúzia e meia de quilómetros.
Em Silves, a muralha que rodeia a Medina e o castelo, construídos pelos árabes (a pedra de grés sempre omnipresente) contrasta no seu tom de terra com a alvura das paredes da antiga Sé cristã, recentemente recuperada.
Dois mundos que se entrecruzam – o cristão e o islâmico - traduzindo a cultura de síntese do Algarve: tolerante e cosmopolita.
 



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